terça-feira, 27 de dezembro de 2011

QUE SEJAMOS NADA.


Se lembra do dia que viemos aqui pra casa em um domingo, conversamos, brincamos, assistimos filme? Pois eu me lembro como se fosse ontem... Todos jogados no chão da sala e de repente começa a chuva super forte, raios e trovões, todos gritam e você se lembra do meu medo de raios e me abraçou, podia vir o raio que fosse eu estava protegida, segura; eu estava em seus braços. Então você com mais uma das suas idéias idiotas me leva para a chuva, me faz dançar, brincar, é como se me desse a vida. Foi tão perfeito não é mesmo? Vivemos aquele dia como se fosse o ultimo. Nos prometemos que viria muito mais desses, que na próxima chuva faríamos tudo de novo, as mesmas coisa, os mesmos detalhes. A chuva veio  hoje e poderia faltar tudo, filme, conversa, brincadeiras, chuva, raios, trovões, meu medo, menos você, e que por incrível que pareça, foi o único que não veio e o que eu mais queria aqui do meu lado. Isso doeu, chorei sem ninguém ver, senti tanto a sua falta. É normal sentir tanta falta assim? Pois não sei mais definir o que mais sinto por você. É uma mistura de desejo e vontade extrema, são tantas coisas que sinto e todas elas por você. E mesmo sentindo tamanha raiva por pertencer tanto a ti, ainda preciso muito do seu abraço, do seu beijo, da sua proteção. Contigo eu consegui ser feliz de verdade pela primeira vez e espero ansiosa pela segunda, e por outras milhares de vezes. Mas se for aceitar a mim como seu amor, e aceitar todos os sentimentos que tenho por ti, que seja “nada”. Pois se nada dura para sempre, espero que o nosso nada seja assim, eterno.

PROMISES.

“Deitado na cama, escutava o barulho da chuva, que me deixava mais agoniado. As nuvens estavam cada vez mais escuras, pareciam meus sentimentos, que se apagaram com o tempo. Ao som de uma música melancolicamente triste, pensava somente em você. Esse dia estava me deixando abatido. Até que ouvi alguém batendo na porta. Por um segundo achei que era você, mas era somente um entregador. Recebi uma caixa de papelão. Dentro dela, havia um ursinho, bem gordinho e ao lado uma carta. Abri o envelope, não tinha remetente. Na carta, direitinho assim dizia:

“Oi bebe. Bom, hum. Eu não sei o que dizer. Mas antes de começar a dizer, isso não é uma cartinha de despedida, eu ainda vou voltar pra te visitar. Eu sei que agente terminou faz 3 anos, mas sabe, você não sai da minha cabeça nem por um minuto. Sei também que você estava namorando o mês passado, acho que foi bom pra você, você deve ter se esquecido de mim direitinho, mas poisé, eu não te esqueci, não tem como, pelo menos eu acho. Estou te mandando esta carta, porque há 2 anos me mudei, e você nem notou não é? Mas só agora me deu coragem de mandar esta carta. Sabe esse ursinho, estou te mandando pra você abraçar ele, dormir com ele, só pra sentir meu cheiro, ou lembrar de mim, já que você já esqueceu. Lembra daquele coraçãozinho que você me deu no meu aniversário? Eu durmo com ele toda noite pra sentir você. No meu pulso cortado, está escrito suas iniciais. Você me fez sofrer, e é com todo ódio do mundo que escrevo isto, mas mesmo assim, saiba que te amo demais. Bom, acho que está na hora de me despedir. Agora penso que isso sim é uma carta de despedida, mas calma, eu ainda vou te visitar, não esqueça de abraçar o “Pimpão” bem forte pra lembrar de mim. Eu te amo muito.”

Quando terminei de ler, notei que lágrimas tinham escorrido pelo meu rosto. Pra me distrair, fui me deitar, liguei a televisão, me abracei com “Pimpão” e estava passando jornal: - Uma jovem de 19 anos, morreu em um acidente de carro após mandar pelo correio uma caixa de papelão para seu antigo amor. Seu nome era Anitta, e o nome do jovem que ela mandou a caixa ainda está sendo procurado. Tinha certeza absoluta que era ela. Não, mas não tinha como. Ela iria voltar, foi o que ela prometeu. Estava chorando desesperadamente. Eu pelo menos queria ter um final feliz, mas não com qualquer um, mas somente com ela.”
 Bernardo R.  

Just let me back into your arms.