“Oi bebe. Bom, hum. Eu não sei o que dizer. Mas antes de começar a dizer, isso não é uma cartinha de despedida, eu ainda vou voltar pra te visitar. Eu sei que agente terminou faz 3 anos, mas sabe, você não sai da minha cabeça nem por um minuto. Sei também que você estava namorando o mês passado, acho que foi bom pra você, você deve ter se esquecido de mim direitinho, mas poisé, eu não te esqueci, não tem como, pelo menos eu acho. Estou te mandando esta carta, porque há 2 anos me mudei, e você nem notou não é? Mas só agora me deu coragem de mandar esta carta. Sabe esse ursinho, estou te mandando pra você abraçar ele, dormir com ele, só pra sentir meu cheiro, ou lembrar de mim, já que você já esqueceu. Lembra daquele coraçãozinho que você me deu no meu aniversário? Eu durmo com ele toda noite pra sentir você. No meu pulso cortado, está escrito suas iniciais. Você me fez sofrer, e é com todo ódio do mundo que escrevo isto, mas mesmo assim, saiba que te amo demais. Bom, acho que está na hora de me despedir. Agora penso que isso sim é uma carta de despedida, mas calma, eu ainda vou te visitar, não esqueça de abraçar o “Pimpão” bem forte pra lembrar de mim. Eu te amo muito.”
Quando terminei de ler, notei que lágrimas tinham escorrido pelo meu rosto. Pra me distrair, fui me deitar, liguei a televisão, me abracei com “Pimpão” e estava passando jornal: - Uma jovem de 19 anos, morreu em um acidente de carro após mandar pelo correio uma caixa de papelão para seu antigo amor. Seu nome era Anitta, e o nome do jovem que ela mandou a caixa ainda está sendo procurado. Tinha certeza absoluta que era ela. Não, mas não tinha como. Ela iria voltar, foi o que ela prometeu. Estava chorando desesperadamente. Eu pelo menos queria ter um final feliz, mas não com qualquer um, mas somente com ela.”
Bernardo R.
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